Sustentabilidade no campo: entenda como aplicar no dia a dia
A sustentabilidade se tornou um assunto recorrente dentro do agronegócio. Isso ocorre principalmente pelo impacto que a atividade vem provocando no meio ambiente. De acordo com o Estadão, ela duplicou a quantidade de gases de efeito estufa emitidos ao longo dos últimos 50 anos.
O mais preocupante é que vêm do campo os produtos que alimentam, vestem, deslocam e abastecem a casa de milhões de pessoas, o que significa que essa é uma atividade indispensável e que não pode parar.
Junto a isso, segundo a ONU, a população mundial só tende a crescer. Com essa previsão, torna-se ainda mais urgente o desenvolvimento de soluções que priorizem a sustentabilidade no campo.
Quer entender mais sobre o assunto e descobrir como ações sustentáveis podem ser implementadas no dia a dia do agronegócio? Então, continue a leitura!
Sustentabilidade no campo: panorama brasileiro
De acordo com uma previsão realizada pela FAO, para acompanhar o crescimento da população mundial, será necessário o aumento da produção de alimentos em 70% até 2050. Hoje, o Brasil está entre os principais produtores agrícolas do mundo, tendo um papel econômico importante no setor.
Além disso, a extensão territorial nacional é uma das poucas vastas o suficiente para expandir as fronteiras agrícolas. Porém, da forma como está, a intensidade das culturas em fazendas pode ser facilmente comparada a grandes indústrias, em termos de exploração e degradação ambiental.
Em 2018, a Embrapa publicou um estudo voltado para os impactos que o setor agropecuário vinha causando no Brasil e na América Latina. Entre os principais destaques, estavam:
- o aumento da quantidade de pragas agrícolas;
- o crescimento de regiões sem água suficiente para suprir as demandas do campo e da cidade;
- a extinção de hábitats e de espécies na região tropical;
- a substituição de florestas por vegetação semiárida ou árida.
Para reverter essa situação e minimizar os impactos ambientais, é preciso mudar, sobretudo, a forma como se trabalha no campo. Nesse sentido, muito já vem sendo feito na tentativa de conter os danos provocados pela atividade agropecuária, como o incremento de tecnologias, metodologias de manejo alternativo, adoção de agroenergia e práticas como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).
A agricultura também tem um papel relevante nessa jornada. Sua maior missão é a redução da emissão de carbono, especialmente por meio de práticas agrícolas e de tecnologias que sejam adequadas. Também estão incluídos a recuperação de pastagens degradadas, a fixação biológica de nitrogênio e o reflorestamento, entre outras soluções.
Quais são os impactos da tecnologia na agricultura sustentável?
O maior desafio do agronegócio hoje é encontrar um modo de aumentar a produção de alimentos sem que isso venha acompanhado de uma expressiva intensificação dos danos causados ao meio ambiente. É por isso que a tecnologia é considerada, hoje, uma aliada-chave na construção de alternativas, que vão desde potencializar a produtividade até tornar as atividades mais inteligentes e eficazes.
Por que isso é importante? Porque quanto mais eficiência for atribuída ao dia a dia desses negócios, menos recursos serão necessários para produzir grandes quantidades. É o famoso “fazer mais com menos”, o caminho mais curto para construir a sustentabilidade no campo.
Essas alternativas e recursos construídos com vistas à eficiência dos processos no campo são chamados de tecnologia verde. Elas englobam soluções das mais variadas espécies para reduzir a agressividade da atividade ao meio ambiente, recuperar e regenerar áreas degradadas, diminuir o desperdício e empregar novas fontes renováveis de energia.
Já existem, inclusive, startups de tecnologia voltadas para o apoio ao agronegócio e à sustentabilidade no campo. E a tendência é que esse mercado só cresça, já que, como vimos, a produção rural é uma das principais atividades econômicas do país.
Isso ajuda o meio ambiente, aumenta a lucratividade do produtor rural e garante mais segurança à população, em geral. Tudo por meio de alternativas como o mapeamento da colheita; o uso de sensores, drones e robôs agrícolas; a adoção de big data e internet das coisas; e o melhoramento genético.
Quais sistemas de sustentabilidade alimentar são mais utilizados no Brasil?
Entenda como a sustentabilidade alimentar está chegando ao agronegócio brasileiro.
Manejo adequado
Em geral, um bom manejo do pasto é o suficiente para garantir a proteção do solo contra a erosão. Uma das melhores maneiras de fazer isso é por meio de sistemas rotativos de pastagem, com a definição de piquetes e a correta adubação periódica.
A integração entre lavoura e pecuária também é uma prática indicada para alternar entre a cultura de grãos e o uso de uma área para o gado. Isso ajuda a proteger a terra, reduz os custos de produção e contribui para a lucratividade do negócio.
O mesmo vale para a adubação natural das áreas, decorrente de uma estratégia de reposição de matéria orgânica a partir do uso de restos de plantas, ervas daninhas ou vegetação forrageira, por exemplo. Isso aumenta a fertilidade do solo, contribui para a fixação de nitrogênio, proporciona a infiltração de água na terra e melhora as condições físicas do local.
Tecnologia de aplicação
Na agricultura, as áreas de plantio não seguem uma uniformidade. Por isso, cada região de terra precisa de insumos e dosagens diferentes. Quando se considera uma média da propriedade para a aplicação de fertilizantes e adubos, essas diferenças acabam sendo ignoradas.
Para superar esse tipo de dificuldade, a agricultura de precisão é imprescindível. Com recursos de ponta, ela faz uma gestão de todo o campo, metro a metro, identificando as necessidades exatas de cada trecho, fatores como o clima na agricultura e muito mais. Isso gera uma enorme economia financeira para o produtor, preserva o meio ambiente do uso excessivo de produtos e ainda otimiza a produtividade da lavoura.
Reflorestamento
Uma das principais consequências percebidas pelo uso indevido do solo é a redução da fertilidade de determinadas áreas. Para combater isso, é essencial aplicar práticas como o reflorestamento, a fim de reverter a suscetibilidade à erosão. O uso de uma vegetação densa e permanente ajuda a recuperar um solo altamente danificado, erodido e degradado pela atividade agrícola.
Ao mesmo tempo, também contribui para a preservação de mananciais nas propriedades, ajudando a preservar esse recurso natural tão importante. Outro benefício é que essa cobertura pode ser usada como área de produção, seja de madeira, para carvão ou qualquer outra finalidade, especialmente em solos que têm restrições de culturas anuais.
Como ter uma agricultura mais sustentável?
O principal passo para iniciar uma jornada de sustentabilidade no campo é refletir sobre o que está sendo deixado para as próximas gerações. A produção agrícola e pecuária hoje está atuando de forma a garantir a continuidade das atividades por muitos anos? O que se extrai ou se coloca na natureza é especificamente o indispensável para a produção, ou o processo está sendo feito de maneira desenfreada?
Essa preocupação inicial é o que dá o impulso para gestores rurais buscarem soluções e alternativas que tornem suas atividades mais respeitosas com o meio ambiente. É justamente em função desse tipo de reflexão que, hoje, já existem inúmeros recursos voltados para a sustentabilidade no campo.
Nessa lista, entram:
- rotação de culturas;
- uso de inteligência artificial;
- autonomia das máquinas agrícolas;
- big data;
- adoção de sensores e drones;
- softwares de gestão;
- defensivos agrícolas.
Foi pensando em maneiras de solucionar o problema da sustentabilidade no campo que a Adama desenvolveu o Adama C.U.I.D.A (Circuito de Uso Inteligente de Defensivos Agrícolas). Esse é um programa que visa atribuir mais simplicidade ao campo, tornando a agricultura mais segura e sustentável.
O programa tem como pilares a lavoura, as pessoas e a terra. A partir disso, ele sugere e promove ações que estão diretamente relacionadas ao uso de tecnologia de aplicação, compartilhamento de conteúdo voltado para o agronegócio, boas práticas agrícolas e incentivo ao protagonismo feminino.
Entenda melhor como o Adama C.U.I.D.A está contribuindo para a sustentabilidade no campo!