Sensoriamento remoto na agricultura: você sabe como funciona?

O sensoriamento remoto na agricultura é uma das soluções que vêm ganhando espaço no campo. No entanto, muitos produtores ainda não entendem do que se trata essa tecnologia e como ela funciona.

Neste conteúdo, vamos explicar o que é o sensoriamento remoto e como ele pode ser utilizado para otimizar os resultados na agricultura e ainda facilitar o trabalho na propriedade. Ficou interessado? Então, não perca mais tempo e continue conosco!

Por que usar softwares na agricultura?

O uso de inteligência artificial e de outras tecnologias no campo vem apresentando ótimos resultados ao longo dos últimos anos. Em função das inovações, muitos agricultores já não precisam, por exemplo, aplicar fertilizantes, pesticidas e até mesmo água em toda a lavoura. Basta determinar a quantidade mínima requerida para cada área específica para que a produção atinja o seu potencial máximo.

É claro que isso vem acompanhado de inúmeros benefícios, como:

  • aumento da produtividade, por meio da detecção de gargalos e da rápida resolução dos problemas;
  • redução do consumo de insumos, o que impacta no gasto com produtos e expande a margem de lucro;
  • diminuição dos impactos ambientais e do escoamento de produtos químicos no ecossistema;
  • mais segurança para o trabalhador, por meio da redução da probabilidade de erros e falhas;
  • ganho de eficiência, em função da diminuição de altos investimentos para manter a produção;
  • detecção de escassez de nutrientes no solo, acompanhada da indicação dos fertilizantes necessários.

Além disso, existem todos os aparatos da tecnologia implementados diretamente na gestão dos dados administrativos. Assim, todas essas informações podem ser utilizadas como fontes confiáveis para uma tomada de decisão mais estratégica e benéfica para o negócio.

Onde já é possível aplicar esses softwares?

A tecnologia do sensoriamento remoto pode ser aplicada de diferentes formas, possibilitando uma infinidade de vantagens nas mais diversas áreas. Os usos mais comuns ocorrem em:

  • aplicações na costa, para monitorar as mudanças nas margens, controlar o transporte de sedimentos e realizar mapeamentos, a fim de prevenir erosões;
  • aplicações marítimas, com acompanhamento da movimentação do oceano, da temperatura da água e da altura das ondas;
  • mapeamentos de riscos relacionados a furacões, erosões e inundações;
  • aplicações na agricultura, por meio do monitoramento de plantações, do controle de crescimento e desenvolvimento de culturas, da detecção de pragas, entre outras utilidades.

O que é sensoriamento remoto na agricultura?

De forma bem resumida, o sensoriamento remoto refere-se a um conjunto de técnicas que têm como objetivo levantar informações sobre diferentes alvos na superfície terrestre, no caso, na lavoura. Essa tecnologia é responsável pelo tratamento, armazenamento e análise dos dados coletados para que o produtor conheça melhor os fenômenos que ocorrem na área monitorada.

Todos os dados utilizados nesse trabalho são levantados por meio de sensores e outros instrumentos de alta performance, tudo isso sem que haja a necessidade de contato direto de alguém com a lavoura. Em outras palavras, é tudo feito de forma distante e aérea.

O resultado é uma série de dados geográficos, históricos e naturais de determinada região. Isso inclui informações sobre territórios com florestas, áreas disponíveis para plantio e até mesmo o avanço do desmatamento e o reflorestamento em determinado período.

Como funciona o sensoriamento remoto?

As técnicas de aplicação do sensoriamento remoto são cada vez mais fáceis de serem reproduzidas nas fazendas. Ainda assim, a forma mais inteligente de utilizar essa tecnologia é por meio de soluções integradas à gestão rural. Isso porque é possível mapear a lavoura durante toda a safra e usar esses dados para tomar as melhores decisões, alinhadas com os custos e com o orçamento disponível, por exemplo.

Assim, é fica mais fácil adotar medidas de correção com agilidade, evitando que os eventuais problemas se tornem ainda mais graves. Além disso, você também pode usar o histórico das operações agrícolas para comparar com os resultados do sensoriamento e estabelecer análises mais completas. É desse modo que você saberá se as atividades de manejo adotadas estão impactando a saúde das plantas de acordo com o esperado.

Em geral, o sensoriamento se torna uma ferramenta estratégica, tanto para o planejamento da safra quanto para as intervenções em quaisquer fases. Isso ajuda a evitar custos desnecessários, desperdício de materiais e perdas.

Esses registros são levantados a partir da interação da radiação eletromagnética com o solo. Isso é feito por meio de sensores distantes (as imagens de satélites) ou remotos (as fotos aéreas).

Eles podem ser instalados em satélites, aviões e até mesmo helicópteros. Hoje em dia, o modo mais fácil e barato de obtê-los é por meio dos drones, mais flexíveis e adaptáveis à necessidade de cada propriedade. Além disso, os sensores podem ser de origem ativa ou passiva:

  • sensores passivos são aqueles que respondem aos estímulos externos, ou seja, coletam a energia emitida da superfície da Terra, como a reflexão da radiação solar;
  • sensores ativos são os que usam estímulos internos, ou seja, as informações são tratadas a partir de algoritmos completos e sistemas integrados, que vão além da simples identificação.

Por que utilizar o sensoriamento remoto na agricultura?

No campo, o sensoriamento remoto contribui para uma série de atividades, podendo ser empregado para identificar:

  • estimativa da área plantada;
  • estimativa da produção agrícola total;
  • vigor vegetativo das culturas;
  • manejo agrícola por país, estado, município ou fazenda;
  • análise de toda a cobertura vegetal, da topografia, da drenagem e do tipo de solo;
  • determinação das áreas de preservação, de reservas e agrícolas;
  • detecção das falhas ocorridas na adubação, na irrigação ou no preparo do solo;
  • manchas referentes ao solo de baixa produtividade;
  • danos por produtos fitossanitários;
  • áreas com erosão laminar;
  • regiões com maior potencial de produção.

Como você pode ver, por meio de uma simples análise dessas imagens, é possível compreender o desempenho de cada área da lavoura, entendendo os principais problemas que precisam ser combatidos. É possível ver em quais regiões a plantação está mais forte e sadia, e em quais pontos ela requer cuidado redobrado.

Atuando junto a outras tecnologias, como a banda de radiação do NIR (Infravermelho Próximo), é possível diferenciar as plantas vigorosas daquelas mais fracas. Assim, a performance das plantas é traduzida em dados visuais facilmente interpretáveis.

Quais são os ganhos dessa tecnologia?

Quando falamos na tecnologia de sensoriamento remoto na agricultura, precisamos considerar as inúmeras facilidades que podem ser proporcionadas por ela. Suas aplicações transformam a maneira como algumas decisões são tomadas, especialmente no que diz respeito à menor dependência em relação ao conhecimento ou intuição do produtor.

Os dados ficam disponíveis para que os mais diversos aspectos da lavoura sejam otimizados por quem quer que consiga interpretar seus resultados. Assim, são percebidos ganhos como os que você verá a seguir.

Estimativa de área plantada

Os algoritmos de sensoriamento remoto permitem estimar até mesmo o número de plantas em uma determinada área. Assim, dependendo da resolução do sensor, o agricultor pode utilizar a análise desde o estande inicial de plantas até a sua fase adulta, por exemplo.

Quando as lavouras são de grande extensão, a estimativa da área plantada é feita por meio de imagens aéreas. Dessa forma, é possível calcular o que será preciso em termos de fertilizantes, biofertilizantes e defensivos agrícolas, além de fazer uma previsão aproximada da safra esperada.

Previsão de produção agrícola

Muitas vezes, para empregar boas práticas agrícolas é preciso ter um amplo conhecimento sobre o que está acontecendo na lavoura, o que esperar da produção e como está acontecendo o desenvolvimento das plantas. O sensoriamento remoto na agricultura tem um papel importantíssimo nisso.

Ele indica quais são os pontos da lavoura que merecem atenção redobrada em função da baixa produtividade ou mesmo do ataque de agentes externos. Assim, é possível prever uma perda de produção nessas áreas, o que possibilita a adoção de medidas emergenciais e pontuais.

Determinação de áreas com baixa produtividade

Uma das grandes aplicações do sensoriamento remoto na agricultura é a identificação das áreas que, por qualquer razão, estejam sofrendo com a baixa produtividade. Assim, mesmo que o produtor não faça ideia dos problemas, os sensores podem indicar quando há algo errado.

O ponto alto desse ganho é que o agricultor pode reagir aplicando os produtos certos apenas nas áreas afetadas. Desse modo, as plantas saudáveis não sofrem quaisquer interferências e a lavoura cresce mais uniforme, aumentando os ganhos finais.

Apontamento de erros

Quaisquer problemas que ocorram no desenvolvimento da lavoura podem ser identificados a partir do sensoriamento remoto na agricultura. Como os sensores permitem avaliar os índices de vegetação, é possível reconhecer quaisquer irregularidades provocadas por diferentes estresses na lavoura, como:

  • secas ou alagamentos;
  • incidência de plantas daninhas;
  • eventuais ataques de pragas;
  • áreas sob ataque de nematoides;
  • infecções por doenças.

Os altos impactos ambientais também podem ser considerados erros cometidos durante a produção, afinal, podem resultar em prejuízos irreversíveis, capazes de comprometer o futuro da lavoura. Por isso, a tecnologia e o sensoriamento remoto na agricultura também são um recurso importante para alcançar uma agricultura neutra em carbono, mais sustentável e segura para o planeta.

Diante de tudo isso, podemos compreender por que o uso de ferramentas de controle é tão relevante para o desenvolvimento agrícola. O sensoriamento remoto na agricultura é um dos grandes responsáveis por análises promissoras, decisões inteligentes e uma melhoria significativa na gestão e no manejo das plantações.

O resultado envolve redução expressiva de falhas, minimização de desperdícios, custos produtivos mais atrativos, preços competitivos no mercado e um aumento considerável na lucratividade do agronegócio. Por isso, o produtor só tem a ganhar adotando o sensoriamento em consonância com um bom software agrícola.

Agora que você já está completamente por dentro do assunto e já sabe o que precisa sobre o sensoriamento remoto na agricultura, veja quais são os impactos das mudanças climáticas na agricultura!

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