Entenda qual a importância da proteção do baixeiro da soja!
Atualmente, o uso de defensivos agrícolas é parte fundamental na construção de uma boa produtividade das lavouras. Seu principal objetivo é proteger as plantas contra ervas daninhas, doenças e insetos, garantindo que as culturas expressem todo o seu potencial genético na perspectiva de produtividade. Ademais, é importante investir na proteção do baixeiro da soja.
Para isso, no entanto, além de escolher os insumos certos, é preciso entender quais são as práticas que podem contribuir para obtermos os melhores resultados. Você quer saber mais sobre a proteção do baixeiro da soja? Então, continue com a gente!
O que é a proteção do baixeiro da soja?
As variedades de soja mais modernas têm como característica concentrar uma parcela importante dos componentes de rendimento no terço inferior da planta, também conhecido pelos agricultores como o baixeiro da soja. Além disso, o baixeiro representa a principal porta de entrada das doenças na lavoura a partir dos 30 dias da emergência da cultura.
Outro aspecto está associado à tecnologia de aplicação, uma vez que a lavoura de soja começa a ter o “fechamento das linhas” nessa fase, ou seja, trata-se de um momento crítico do ciclo para deposição de gotas da pulverização e cobertura do alvo biológico. Esses fatores conjugados destacam a importância e a necessidade de uma proteção efetiva do baixeiro da soja, especialmente sobre a ótica de manejo com fungicidas.
Nessa fase inicial de desenvolvimento da soja, após o fim da proteção proporcionada pelo tratamento de sementes, a cultura passa a ficar desprotegida quanto à infecção de doenças importantes, como Mancha-alvo, Antracnose, Cercóspora, Septoria e Oídio.
Como funciona essa proteção?
Em função da característica dos fungicidas mais utilizados pelos agricultores atualmente, a efetividade de controle está diretamente relacionada ao momento de aplicação versus o nível de infecção de doenças.
Trabalhos de pesquisa conduzidos por todo o Brasil apontam que os fungicidas respondem melhor quando são aplicados preventivamente, ou seja, antes da entrada dos fungos na planta.
A baixa capacidade “curativa” dos fungicidas reforça a importância de se usar os melhores fungicidas nas primeiras aplicações, evitando, assim, que as doenças iniciem o processo infectivo e, automaticamente, já comecem a causar danos à cultura da soja.
Tão importante quanto a escolha dos fungicidas e o momento a serem utilizados, por exemplo, é compreender as problemáticas de resistência das doenças a esses produtos. A cada ano que passa, é possível observar o avanço e/ou o declínio da performance de fungicidas no controle de Ferrugem, Mancha-alvo e Cercosporiose.
Essas falhas de controle ou escapes, decorrentes do uso de fungicidas que já não apresentam a mesma eficácia de outrora, têm levado novamente os agricultores a perderem montantes significativos de produtividade das lavouras de soja de Norte a Sul do Brasil.
De acordo com estudo BIP (Business Inteligence Panel Soja), da Spark, nas últimas seis safras, observa-se a adoção crescente de fungicidas protetores em soja como ferramenta de manejo de resistência.
Na safra 2020/21, a área potencial tratada (PAT) chegou a 58,9 milhões de hectares, crescimento de 18% em relação à safra anterior. Os fungicidas protetores estão presentes em 70% das lavouras do país, e uma média de duas aplicações naqueles agricultores que utilizam essa ferramenta.
Como garantir a máxima proteção do baixeiro da soja?
Para garantir a máxima proteção do baixeiro da soja, o agricultor precisa combinar uma série de ações, destacando as mais importantes:
- Aplicações preventivas
- Utilização de fungicidas mais eficientes nas primeiras aplicações
- Adoção de fungicidas protetores
- Atenção à tecnologia de aplicação com boa cobertura das folhas do terço inferior
- Respeito aos intervalos de 14-18 entre as aplicações
Qual é a importância da proteção do baixeiro da soja?
Menor expressão das doenças
A complexidade no manejo das doenças tem aumentado em função da maior intensidade da ocorrência de doenças, com destaque para as manchas foliares, bem como aos problemas crescentes das resistências aos fungicidas.
As doenças interferem de múltiplas maneiras na qualidade da planta, reduzindo a área foliar fotossinteticamente ativa, consumindo energia da planta nos processos de defesa, acelerando seu ciclo e reduzindo os componentes de rendimento.
Os danos causados pelas doenças podem ultrapassar os 30% em condições de lavoura comercial, quando e se não forem controladas de forma efetiva.
Garante o enchimento das vagens
As vagens do baixeiro podem representar até 40-50% da produtividade da lavoura a depender da variedade. O enchimento dessas vagens está diretamente relacionado à sanidade e ao período de permanência das folhas da parte inferior das plantas.
Proteção que reverte em produtividade
O potencial produtivo da soja cresce a cada safra. No entanto, as variedades modernas se mostram mais sensíveis aos danos causados pelas doenças devido ao desbalanço rusticidade/produtividade.
Prezar pela proteção do baixeiro da soja é fundamental para minimizar a possibilidade de ocorrência de interferências na cultura a fim de potencializar os resultados da lavoura.
Para isso, é preciso investir no planejamento e na execução de programas de manejo efetivos, respeitando as necessidades específicas de proteção de cada variedade e condição de cultivo.
Um primeiro passo importante é observar o sistema com o qual está sendo trabalhado. A palhada da safra anterior vai ajudar a determinar o tipo de produto que será utilizado, afinal, ela interfere nas condições de solo e no ambiente em que a soja vai crescer.
O segundo fator a ser observado é a variedade escolhida para cultivar. Existe uma grande oscilação na sensibilidade das variedades às principais doenças que incidem na soja. Quanto mais sensível for a variedade, mais importante torna-se o programa de manejo com fungicidas e a assertividade nas primeiras aplicações.
Também é preciso se atentar aos momentos de entrada na lavoura para realização das aplicações, preconizando aplicações sempre preventivas em intervalos que não excedam os 14-18 dias.
O cuidado com a cultura da soja deve ser constante. Contudo, com atenção e conhecimento, é possível mitigar o impacto negativo que as doenças podem causar, garantindo uma colheita altamente produtiva e rentável.
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