Influência da temperatura na ocorrência de percevejos e lagartas na soja

A soja tem boa adaptação em regiões onde as temperaturas oscilam entre 20ºC e 30ºC sendo que a temperatura ideal para seu desenvolvimento está em torno de 30ºC.

Acontece que, nessa mesma faixa ocorre o desenvolvimento dos insetos-praga como percevejos e lagartas na cultura. Quanto mais alta a temperatura, menor o ciclo dos insetos.

Isso quer dizer que os insetos se reproduzem numa velocidade maior, contribuindo para um aumento populacional das pragas.

Cultura da soja e a incidência de pragas

A cultura da soja tem uma grande importância econômica no Brasil e a dinâmica das pragas pode ser fortemente afetada pelo clima.

Em regiões mais quentes do Brasil, as pragas podem ser mais prolíficas. Em geral, as temperaturas mais altas aceleram o desenvolvimento das pragas, levando a um aumento na taxa de reprodução e no número de gerações por ano.

Dentre as pragas da cultura, os percevejos e as lagartas ocupam os primeiros lugares e devem ser muito bem conhecidos para que seus controles sejam realmente efetivos.

Além de conhecer o ciclo de vida dessas pragas, é importante que sejam identificadas outras características de cada espécie relativas às influências abióticas, como temperatura e umidade.

Influência da temperatura

Pragas como lagartas e percevejos na soja têm influência direta da temperatura em seus ciclos de vida. O efeito da temperatura no ciclo de vida varia de acordo com a espécie do inseto, mas em geral, temperaturas mais altas tendem a acelerar o desenvolvimento, enquanto temperaturas mais baixas tendem a retardá-lo.

Em temperaturas mais quentes, o desenvolvimento dos insetos-praga ocorre mais rapidamente. Isso significa que as larvas eclodem dos ovos mais cedo, as larvas se desenvolvem mais rápido e os insetos atingem a fase adulta em menos tempo. Por outro lado, em temperaturas mais frias, o desenvolvimento é mais lento.

Quando há ocorrência de temperaturas muito altas em certas regiões, a maior parte das espécies de percevejos tende a migrar para outras regiões menos quentes. Esse fato pode afetar a distribuição de espécies de percevejos-praga de soja no Brasil.

Tanto as lagartas como os percevejos tendem a se alimentarem de maneira mais intensa e voraz em temperaturas mais altas, o que provoca maiores danos às plantas.

E como forma de garantir a sobrevivência das espécies, a taxa de reprodução aumenta para as principais espécies de lagartas e percevejos na soja.

Percevejos e lagartas na soja

 Existem diversas espécies de percevejos e lagartas que atacam a cultura da soja. Porém, algumas delas são mais agressivas com as mudanças de temperatura e deve-se conhecer sua biologia.

Percevejos

Existem 3 espécies principais de percevejos que atacam a cultura da soja e que devem ser bem monitoradas.

  • Percevejo-marrom – Euschistus heros

É uma das principais pragas da cultura e causa danos como enrugamento dos grãos, retenção foliar no momento em que as vagens estão no ponto de colheita e favorecimento de doenças na cultura.

Em temperaturas abaixo de 19ºC e acima de 34ºC há um comprometimento da sobrevivência dessa espécie. Mas em temperaturas entre 25 e 30ºC a espécie tende a se desenvolver rapidamente e gerar grande número de descendentes.

  • Percevejo-verde-pequeno – Piezodorus guildinii

As ninfas e os adultos se alimentam da seiva das plantas, consumindo o conteúdo de folhas, hastes, vagens e grãos.

Sobrevivem bem em temperaturas próximas dos 25ºC e há uma baixa na reprodução em temperaturas próximas de 20ºC.

  • Percevejo-verde – Nezara viridula

Também se alimentam da seiva da soja e, ao inserirem o aparelho bucal nos tecidos, causam queda das folhas no período de reprodução, “soja louca” e grãos chochos.

Esta espécie consegue se manter bem em regiões onde as temperaturas são mais baixas, com cerca de 20ºC, mas tendem a se manterem em temperaturas médias de 25ºC.

Lagartas

São diversas as espécies que atacam a cultura e que, dependendo das condições do clima, podem se desenvolver mais ou menos.

Podemos citar algumas das espécies que causam maiores danos.

  • Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda)

Tem preferência pela lavoura de milho, mas também ocorre em plantações de soja e algodão, alimentando-se de diferentes partes da planta. Tem tonalidade de parda a verde-escura, ou quase preta, e três linhas branco-amareladas na dorsal. Inicialmente, raspa as folhas, depois, as destrói. Prejudica a fotossíntese e pode se alimentar também das flores, vagens ou espigas.

  • Lagarta preta da soja (Spodoptera cosmioides)

Além da soja, essa lagarta afeta culturas como as de algodão. Tem uma coloração parda e manchas pretas ao longo do dorso. Sua presença é percebida pela destruição das folhas e pode deixar a planta totalmente desfolhada. Assim, ela não se desenvolve nem consegue produzir.

  • Lagarta das folhas (Spodoptera eridania)

É uma das lagartas na cultura de algodão, milho, soja, arroz e girassol. Sua tonalidade é bem variada, podendo ser branca com manchas pardas ou totalmente escura. Faz a migração entre culturas durante seu ciclo, e podemos encontrar diferentes fases dessa espécie na mesma lavoura. Provoca o desfolhamento das plantas e a queda da produtividade.

  • Lagarta-helicoverpa (Helicoverpa armigera)

O cenário de lagarta-helicoverpa é preocupante devido ao poder de destruição dessa espécie, que ataca principalmente milho, algodão e soja em todas as fases de desenvolvimento. Sua tonalidade varia de amarelo a tons de verde e preto com alguns pelos dorsais e algumas pintas escuras. Alimenta-se de botões florais, maçãs, frutos, vagens, flores, folhas e espigas. Causa podridão, queda e destruição da planta.

  • Lagarta-falsa-medideira – Chrysodeixis includens/Rachiplusia nu

Os danos iniciais são percebidos pela membrana translúcida no local de alimentação, já que as lagartas menores apenas raspam as folhas. Quando estão maiores, as lagartas passam a fazer pequenos buracos no limbo e, quando completamente desenvolvidas, devoram praticamente toda a folha.

O desenvolvimento completo do ovo ao adulto da espécie pode ser observado de 18 a 32°C. Entretanto, a faixa ideal para que ocorra altas populações é próxima do 25°C.

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