Doenças do algodão: saiba como proteger a sua lavoura

O Brasil está entre os cinco maiores produtores de algodão do mundo, sendo que ocupa a primeira colocação quando o assunto é cultivo em sequeiro, de acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (ABRAPA). Contudo, embora reconhecidamente produtiva e consolidada, a cotonicultura nacional enfrenta diversos desafios a cada safra, como as doenças do algodão.

Esse desafio sanitário se deve ao fato de que a maior parte do território brasileiro se encontra na zona tropical do planeta, onde as condições ambientais são favoráveis para o desenvolvimento de inúmeros patógenos. Dessa forma, é exigido um aperfeiçoamento técnico crescente no cultivo dessa fibra.

Afinal, quais são as doenças do algodão que mais preocupam os produtores e o que fazer para proteger a lavoura? Continue conosco para esclarecer essas e outras dúvidas. Boa leitura!

Quais são as doenças mais comuns do algodão?

Quem trabalha na agricultura sabe que o cenário de lagartas é desafiador e que lidar com as plantas daninhas resistentes pode ser uma das atividades mais árduas em qualquer cultivo. De fato, fazer o controle de pragas requer uma organização sistêmica e estratégica — caso contrário, provocam uma drástica redução na produtividade das lavouras.

Porém, a cultura do algodão padece com doenças em sua maioria causadas por fungos ou bactérias, que afetam as partes vegetais de diferentes formas, comprometendo o desenvolvimento das plantas em todo o seu ciclo de vida. A seguir, selecionamos as principais doenças da cotonicultura.

Mancha-de-ramulária

A mancha-de-ramulária é a doença que mais preocupa os cotonicultores atualmente, em especial os do Centro-Oeste brasileiro, cujas condições ambientais do Cerrado (alta umidade) favorecem o desenvolvimento do patógeno. A doença é causada pelo fungo Ramularia areola que, se não controlado a tempo, pode provocar perdas de até 75% na cultura.

O fungo causa a desfolha do algodoeiro, compromete a capacidade fotossintética da planta, leva à abertura precoce do capulho e ainda prejudica a qualidade das fibras e as características como comprimento, resistência e micronaire.

Mancha-alvo

A mancha-alvo recebe esse nome por causa do sintoma mais aparente que o fungo Corynespora cassiicola causa: anéis concêntricos de tecido necrosado nas folhas, quando a doença já está em estágio mais avançado. Os sinais são mais facilmente observados no terço inferior do algodoeiro, já que as folhas do baixeiro se encontram em condições de alta temperatura e umidade.

Além das lesões foliares, ocorre a queda precoce das folhas. Assim como a mancha-de-ramulária, a queda da produtividade da lavoura está ligada à redução da área fotossintética da planta.

Murcha-de-fusarium

Outro fungo que preocupa os produtores rurais é o Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum, que também causa muitos danos à cultura da soja. Por disseminar-se por meio de sementes e partículas de terra, esse fungo foi o responsável pela busca por variedades mais resistentes de algodoeiro.

O patógeno vive no solo e sobrevive por muitos anos por conta dos esporos de resistência. Assim, a infecção começa pelas raízes do algodoeiro, causando a morte prematura das plantas e a queda na produtividade da lavoura.

Ramulose

Causada pelo fungo Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides, a ramulose é uma das doenças do algodão que mais acarretam perdas aos produtores. Dependendo das condições da área afetada, os danos podem chegar a 80%.

O patógeno afeta principalmente as folhas jovens do algodoeiro, além de necrosar o meristema apical, o que estimula o brotamento lateral. O fungo também se dissemina por sementes, podendo sobreviver no solo entre uma safra e outra, especialmente em áreas de alta umidade e baixa fertilidade do solo.

Damping-off (mela ou tombamento)

Já o damping-off é uma doença provocada por diversos patógenos, mas os mais comuns são os fungos Colletotrichum gossypii Rhizoctonia solani. Nesse caso, a doença acomete as plântulas do algodão, causando o tombamento das plantas recém-emergidas com consequente morte das plantas.

Assim como nas demais doenças, o damping-off tem influência das altas temperaturas e umidade. Também é disseminada primordialmente por sementes contaminadas.

Como proteger as lavouras de algodão de doenças?

Para proteger a lavoura de algodão das doenças, primeiro é preciso conhecer o patógeno causador. Isso porque cada agente patogênico requer, além da correta identificação, uma formulação e uma abordagem diferente, ao passo que utilizar inseticidas para controlar doenças não adianta nada.

Uma vez tendo o diagnóstico correto da doença, é crucial fazer o manejo na área afetada e proceder aos seguintes cuidados:

  • utilizar sementes sadias para o plantio;
  • utilizar sementes deslintadas com ácido sulfúrico;
  • dar preferência a variedades que tenham o porte mais ereto, o que evita a formação de um microclima favorável ao desenvolvimento dos fungos;
  • proceder ao controle genético, utilizando cultivares resistentes;
  • fazer o espaçamento adequado entre os algodoeiros no momento do plantio;
  • aplicar fungicidas de ação ampla ou específica;
  • fazer a rotação de culturas com espécies não hospedeiras, como amendoim, mucuna ou crotalária.

Além disso, é imprescindível fazer o manejo do bicudo-do-algodoeiro e das lagartas que podem atacar a cultura. Esses insetos perfuram os tecidos vegetais para se alimentarem, deixando uma porta aberta para a entrada de outros patógenos, principalmente os fungos causadores dessas doenças do algodão. Para o controle das lagartas, a aplicação de Plethora® da ADAMA é providencial, já que é um inseticida sistêmico, com alta eficiência na cultura do algodão.

Como o produto Across® pode ajudar?

Como explicamos, a formulação dos produtos aplicados na lavoura é de suma importância para fazer o controle efetivo das pragas e das doenças que afetam o algodão. Nesse sentido, o fungicida Across® da ADAMA é uma solução oportuna para as culturas de algodão, milho, soja e hortifrutis.

Across® vai além da proteção do algodoeiro, pois é um produto completo, que proporciona mais eficácia contra as doenças características dessa cultura. Com o grupo químico Estrobilurina (Azoxistrobina), Triazol (Difenoconazol) e Isoftalonitrila (Clorotalonil), Across® apresenta:

  • amplo espectro de controle;
  • fórmula inovadora contra resistência;
  • alta seletividade para diversas culturas.

Entre as doenças do algodão que o produto da ADAMA controla estão:

  • mancha-de-ramulária;
  • ramulose.

Como você pôde ver, diversas doenças do algodão podem causar perdas expressivas para os produtores, tanto em relação à produtividade quanto à qualidade das fibras.

Com a migração dos maiores polos produtores do Nordeste para o Centro-Oeste do Brasil, as lavouras ficaram mais suscetíveis aos patógenos, dadas as condições favoráveis para o desenvolvimento dos fungos nas lavouras. Contudo, a aplicação de fungicidas de excelência proporciona um controle efetivo dos problemas comuns à cultura.

Ficou interessado para conhecer mais detalhes do fungicida Across® da ADAMA? Então, acesse o nosso site e confira as informações técnicas da nossa solução!

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