Cigarrinha-do-milho: controle inicia com dessecação bem feita das daninhas

O milho é uma planta comercial cultivada mundialmente e, no Brasil, é considerada uma das mais importantes tanto por seu valor econômico como pelas diversas formas de utilização.

Embora seja uma planta cultivada há muitos séculos, os problemas de fitossanidade estão sempre ocorrendo e é importante que o produtor se mantenha alerta. Um desses problemas é a incidência da cigarrinha-do-milho, praga que pode afetar significativamente a lavoura.

O controle dessa praga deve ser feito por meio de múltiplos métodos, visto que, embora possa causar danos diretos na planta, o principal problema está atrelado ao fato de ser um inseto vetor de doenças altamente danosas para a cultura. Os métodos de controle são diversos, mas se inicia pela dessecação bem feita das plantas daninhas, principalmente da tiguera.

Cigarrinha-do-milho

A cigarrinha-do-milho, classificada como espécie Dalbulus maidis, pertence à família Cicadellidae que está dentro da ordem Hemiptera.

Uma característica comum a todos os insetos dessa ordem é o hábito alimentar, eles são sugadores. Inserem o aparelho bucal dentro do alimento e sugam o conteúdo ali presente.

No caso da cigarrinha-do-milho, por ser um inseto fitófago, sua alimentação está restrita ao gênero Zea. Isto inclui, de maneira bastante expressiva, seu ataque à cultura do milho, Zea mays.

Os adultos desta espécie medem cerca de 4 mm de comprimento, com coloração palha e acinzentada, sendo algumas populações um pouco mais escuras. Na parte da cabeça, é possível verificar duas manchas escuras, que dão a impressão de serem olhos, mas que têm o dobro do diâmetro dos ocelos.

Em altas infestações, os adultos são facilmente vistos se alimentando do cartucho do milho. Mas podem causar prejuízos em qualquer estádio de desenvolvimento da planta.

Os maiores danos diretos ocorrem quando a lavoura está mais jovem, devido à baixa capacidade de tolerar estresses tanto abióticos como bióticos, como no caso dos ataques desta praga. Entretanto, a maior preocupação deve ser com relação à transmissão de molicutes e vírus, doenças fitopatogênicas que têm capacidade de destruir a lavoura.

Controle da cigarrinha-do-milho

O controle da cigarrinha deve ser feito pela observação da área desde a entressafra. O monitoramento da área é essencial para que não ocorram infestações desta praga ao longo da safra. Isso diminui as chances de haver transmissão das doenças pelos insetos de plantas já doentes.

É importante salientar que, mesmo fazendo um monitoramento constante, não existe um único método que vai sanar o problema. A adoção de múltiplos métodos de controle é o que vai trazer resultados expressivos para o controle desta praga.

O uso de inseticidas registrados para o controle de Dalbulus maidis é um dos métodos possíveis. A ADAMA possui em seu portfólio Galil® e Magnum®, que juntos entregam o melhor manejo de insetos sugadores. Essa combinação rotaciona ativos no controle do inseto e auxilia no manejo da resistência. A formulação de Galil® promove maior persistência dos ativos na planta, otimizando o efeito de choque e entregando residual para mais excelência no controle da cigarrinha-do-milho. Magnum® é uma ferramenta indispensável ao produtor, já que seu modo de ação é aliado das demais tecnologias no manejo da praga.

Os métodos culturais também devem ser adotados para se ter sucesso no controle da cigarrinha. A dessecação das plantas daninhas está dentro deste método e pode garantir grandes chances de controle logo no início da safra.

Dessecação bem feita

Além das plantas daninhas comuns na cultura do milho, é de suma importância fazer a erradicação do milho “tiguera”, o milho voluntário, que germina na lavoura após a colheita. Considerado uma planta daninha, ele atua como ponte-verde para a cigarrinha-do-milho e facilita a manutenção da população ao longo da entressafra.

Por isso, é essencial fazer a dessecação bem feita na entressafra, tanto das plantas daninhas quando do milho voluntário. Araddo® é o herbicida da ADAMA indicado para o manejo na dessecação. Com amplo espectro de controle, além de controlar daninhas como capim-amargoso, capim pé-de-galinha, buva, leiteiro e caruru, o herbicida não tem restrição de intervalo entre a aplicação e a semeadura e conta com mecanismo de ação diferenciado, sem efeito antagônico.

No caso de plantas daninhas em estádios mais avançados ou de difícil controle na área, o manejo sequencial pode ser necessário. Pensando nisso, a ADAMA desenvolveu Cheval®, herbicida completo que combina ação pós-emergente, ideal para aplicação sequencial na dessecação, com efeito pré-emergente. Cheval® foi desenvolvido em uma exclusiva formulação T.O.V., com alta concentração de ingredientes ativos, para compor o programa de manejo do produtor e auxiliar principalmente no controle das daninhas resistentes ao glifosato, como a buva e o capim-amargoso.

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