Cigarrinha-africana no milho: nova preocupação dos agricultores

A cigarrinha-do-milho já é bem conhecida pelos produtores de milho e causa uma série de problemas à cultura por ser vetor de vírus e molicutes.

Recentemente, mais uma espécie de cigarrinha foi identificada no território brasileiro: a cigarrinha-africana. A apreensão dos produtores quanto a essa nova praga se dá por se tratar de uma espécie polífaga. Isso significa que se alimentam de mais de uma espécie de plantas.

E como deve ser feito seu controle? Confira mais informações a seguir. 

Cigarrinha-africana

A cigarrinha-africana é cientificamente nomeada como Leptodelphax maculigera, pertencendo à família Delphacidae e ordem Hemiptera.

Como no próprio nome diz é oriunda da África, mais especificamente das regiões das Ilhas Mascarenhas, Costa do Marfim, Madagascar, Quênia e Camarões.O primeiro registro no Brasil ocorreu no estado de Goiás e nunca tinha sido antes identificada nas Américas. Em seguida, o inseto foi identificado em outros estados, como Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina.

A apreensão dos produtores de milho é pela possibilidade da espécie se adaptar de forma diferente da cigarrinha já conhecida, mantendo o seu ciclo reprodutivo mesmo na entressafra da cultura do milho, dificultando o controle desse novo vetor de doenças preocupantes para a cultura, como o enfezamento vermelho causado por fitoplasma, o vírus do rayado-fino e o vírus do mosaico estriado.

Como identificar a cigarrinha-africana?

Os adultos desta espécie são pequenos e medem cerca de 0,3 centímetros, sendo as fêmeas maiores que os machos.

A parte reprodutora da fêmea, o ovipositor, é visível na parte ventral do abdome.

São muito semelhantes aos indivíduos da espécie Dalbulus maidis e podem ser distinguidos por meio de uma mancha escura na cabeça, antenas com pedicelos dilatados (parte basal) e a presença de esporão nas tíbias em cada perna no terceiro par. Além disso, D. maidis é maior e tem duas manchas ocelares pretas.

Em análises feitas na identificação da espécie em Santa Catarina, por pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), foi constatada a presença de maize rayado fino vírus –  MRFV, o vírus do rayado-fino. Esse mesmo vírus já havia sido identificado no Paraná anteriormente.

De acordo com pesquisa realizada pelo pesquisador Americano Stephen W. Wilson, esta espécie pode transmitir, nos Estados Unidos, cerca de 25 vírus diferentes em milho e trigo.

Ainda não se sabe exatamente como é a dinâmica da cigarrinha-africana no Brasil e se é capaz de transmitir os diversos tipos de vírus que a cigarrinha-do-milho transmite. Por isso, pesquisas estão sendo realizadas para conferir tal possibilidade.

Controle da cigarrinha-africana

Quando se tem a possibilidade de uma nova espécie gerando prejuízos na cultura, a atenção deve ser redobrada. Isso porque ainda não se sabe quais são os reais danos que podem ser causados. Sendo assim, o ideal é que seja feito o monitoramento de forma constante nas lavouras de milho para evitar que se proliferem e agravem a dinâmica.

Pelo Manejo Integrado de Pragas (MIP) toda cultura deve ter como base as amostragens para monitoramento das principais pragas. Mas quando há uma nova espécie invasora, é imprescindível que se tenha maior cuidado para não haver surto, principalmente pela falta de informações quanto aos novos insetos.

A escolha dos materiais de plantio deve ser feita pensando na probabilidade de enfezamento. Dessa maneira, deve-se escolher materiais híbridos ou tolerantes.

Sabendo qual o nível populacional se tem na lavoura, é possível entrar com métodos eficazes como o método químico. Por não haver medidas curativas para as prováveis doenças que transmitem, é importante entrar com medidas rápidas para evitar infestações.


Escolhas certas: Galil® + Magnum®  

A cigarrinha-africana é um inseto que insere seu aparelho bucal no tecido foliar para sugar a seiva. Dessa forma, o controle químico deve ser realizado de modo que atinja o inseto tanto por contato como pela seiva, pelo meio sistêmico.

Para o manejo da cigarrinha, Galil® e Magnum® entregam o melhor controle. A formulação de Galil® promove maior persistência dos ativos na planta, otimizando o efeito de choque e entregando maior residual. Possui exclusiva proporção de moléculas, o que assegura o controle dos insetos. Já Magnum® é uma ferramenta com modo de ação aliado das demais tecnologias no manejo.

A utilização das duas soluções no manejo ao longo da safra, além de entregar mais assertividade no controle, rotaciona os princípios ativos, prática essencial para evitar a seleção de populações resistentes aos inseticidas.

Saiba mais sobre as soluções da ADAMA para o manejo das cigarrinhas e de outros insetos em adama.com.

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