Cenário de lagartas: saiba como lidar com esse problema
O cenário de lagartas se torna muito preocupante quando não realizamos o devido monitoramento e controle das lavouras. Essas pragas trazem danos severos às plantas, provocando a perda da sua produtividade e a qualidade do produto final.
Existem diversas espécies de lagarta que afetam culturas específicas ou pertencem ao sistema agrícola, ou seja, alimentam-se de diferentes tipos de cultivo. Cada uma delas requer uma abordagem própria, a fim de garantir o manejo ideal.
Para que você consiga superar mais esse desafio da agricultura, preparamos este artigo para falar sobre algumas lagartas do sistema agrícola, os avanços já alcançados no controle das pragas, a importante ação dos inseticidas e como escolher o melhor produto. Boa leitura!
Os avanços da agricultura no controle de pragas
Em live da ADAMA, o professor e pesquisador em Entomologia da UNESP, Geraldo Papa, destacou que o Brasil tem um cenário de agricultura que demanda um programa de manejo especializado devido ao clima tropical. A extensão de plantações, a intensividade da agricultura e os plantios sucessivos e concomitantes despertam a atenção no controle das pragas.
Consequentemente, isso faz com que tenhamos maiores desafios com pragas e sejamos mais dependentes de defensivos. Logo, o bom uso deles é importante. “A gente precisa de um manejo integrado de pragas e um controle legislativo, cultural e biológico. Tudo isso é importante no nosso sistema de cultivo”, destaca o professor e pesquisador.
Mas não é apenas o cenário de lagartas que traz prejuízos ao agricultor. Outras pragas, como ácaros, pulgões e besouros, também afetam significativamente a produtividade das diferentes culturas. A reincidência delas e os impactos negativos que causam ao setor exigiram o desenvolvimento de tecnologias para favorecer o manejo e controle.
Assim, surgiram formulações de inseticidas bastante eficazes no combate a espécies em particular ou com espectro mais amplo. Nesse processo, houve a preocupação em utilizar princípios ativos que não reduzissem a população dos inimigos naturais desses insetos, para ter uma segunda ferramenta em seu controle.
O melhoramento genético também foi de grande importância, assim como a introdução da transgenia. A partir disso, foram desenvolvidas espécies menos suscetíveis ao ataque das pragas, evitando a superpopulação delas e minimizando a aplicação de inseticidas, o que ajuda a evitar a resistência.
Não podemos nos esquecer das abordagens essenciais, como novos sistemas de irrigação, rotação de culturas, plantio direto e Manejo Integrado de Pragas (MIP). Os controles biológico e comportamental também são excelentes ferramentas, e todas essas práticas aliadas às tecnologias que citamos têm favorecido o trabalho do agricultor.
As lagartas de sistema agrícola
O produtor pode se deparar com um cenário de infestação de lagartas em todos os tipos de cultura. Conforme mencionamos, algumas espécies se manifestam especificamente em um tipo de cultivo, contudo a maioria das espécies de lagartas do sistema agrícola são polífogas.
Estamos nos referindo àquelas que se alimentam de diferentes tipos de cultivo, incidindo, por exemplo, nas lavouras de soja, milho e algodão. A seguir, falamos um pouco sobre algumas dessas lagartas polífagas.
Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda)
Tem preferência pela lavoura de milho, mas também ocorre em plantações de soja e algodão, alimentando-se de diferentes partes da planta. Tem tonalidade de parda a verde-escura, ou quase preta, e três linhas branco-amareladas na dorsal. Inicialmente, raspa as folhas, depois, as destrói. Prejudica a fotossíntese e pode se alimentar também das flores, vagens ou espigas.
Lagarta preta da soja (Spodoptera cosmioides)
Além da soja, essa lagarta afeta culturas como as de algodão. Tem uma coloração parda e manchas pretas ao longo do dorso. Sua presença é percebida pela destruição das folhas e pode deixar a planta totalmente desfolhada. Assim, ela não se desenvolve nem consegue produzir.
Lagarta das folhas (Spodoptera eridania)
É uma das lagartas na cultura de algodão, milho, soja, arroz e girassol. Sua tonalidade é bem variada, podendo ser branca com manchas pardas ou totalmente escura. Faz a migração entre culturas durante seu ciclo, e podemos encontrar diferentes fases dessa espécie na mesma lavoura. Provoca o desfolhamento das plantas e a queda da produtividade.
Lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens)
Apesar da preferência pela soja, também está presente em lavouras de algodão. Movimenta-se arqueando o corpo como se medisse passos. Tem uma tonalidade verde-clara, linhas esbranquiçadas e manchas e pontos escuros. Inicialmente, raspa as folhas formando manchas, depois, destrói completamente as folhas e hastes finas, mas tem preferência pelo limbo, deixando as nervuras intactas.
De acordo com Geraldo Papa, cerca de 24% a 25% das áreas de soja cultivadas no país ainda trabalham com sementes de variedades convencionais, não transgênicas, sendo a lagarta-falsa-medideira um problema. Ela gosta de ficar mais no baixeiro da planta, local onde os inseticidas têm dificuldade de chegar.
Lagarta-helicoverpa (Helicoverpa armigera)
O cenário de lagarta-helicoverpa é preocupante devido ao poder de destruição dessa espécie, que ataca principalmente milho, algodão e soja em todas as fases de desenvolvimento. Sua tonalidade varia de amarelo a tons de verde e preto com alguns pelos dorsais e algumas pintas escuras. Alimenta-se de botões florais, maçãs, frutos, vagens, flores, folhas e espigas. Causa podridão, queda e destruição da planta.
Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis)
Apesar do nome, também atinge lavouras de algodão, arroz, cana, feijão, milho e outras. Sua tonalidade varia do verde-claro ao escuro. Ela ataca as folhas das plantas, podendo provocar a desfolhagem total caso o controle não seja realizado a tempo. Por isso, essa espécie é considerada a principal desfolhadora que ocorre nas Américas.
Ação dos inseticidas
Os inseticidas têm uma ação efetiva contra as principais lagartas do sistema agrícola.. Esses produtos realizam o controle populacional em diferentes fases do desenvolvimento dos insetos, bem como, das plantas.
Eles fazem parte do grupo de defensivos agrícolas que promovem a proteção das lavouras garantindo o potencial produtivo de cada cultura. No século passado, o manejo químico com inseticidas foi um dos principais contribuintes para o aumento da produção nesse setor.
A ação desses produtos se dá tanto nas pragas que se alimentam das partes aéreas das plantas como nas que atacam a parte reprodutiva. Os inseticidas tem ação sobreovos, ninfas e adultos, mantendo ainda efeito residual de controle, quebrando o ciclo reprodutivo e controlando a população.
Dicas para escolher o melhor inseticida
A fim de alcançar uma ação eficaz dos inseticidas, é preciso analisar o cenário de lagartas para identificar qual espécie está atingindo a lavoura. Isso é fundamental na escolha da formulação que atua especificamente no controle desse inseto.
Isso também permitirá verificar qual é a melhor fase para fazer a aplicação do defensivo e quando realizar o monitoramento para identificar a necessidade de uma reaplicação, dentro de um período que promove a eficácia sem favorecer a resistência.
Além dessas abordagens, é importante optar por marcas com credibilidade no mercado e que sigam rigorosamente todas as exigências do Ministério da Agricultura. Bons produtos são aqueles compostos por moleculas eficazes, práticas e seguras, com um amplo espectro e resultados no longo prazo.
Sobre o Plethora®
Plethora® da ADAMA, é um produto premium, cuja formulação pode ser utilizada em diferentes culturas. Esse é um inseticida com ação eficaz mesmo sobre a geração de lagartas de difícil controle, uma vez que ele tem ação de choque e residual.
Sua combinação de moléculas é exclusiva, sendo uma excelente alternativa em função da baixa dosagem para alcançar os resultados esperados e ainda permitir o manejo de resistência. O Plethora® tem eficácia contra diversas espécies, como:
· lagarta-do-cartucho;
· lagarta-da-soja;
· lagarta-falsa-medideira;
· lagarta-helicoverpa;
· lagarta-das-vagens;
· lagarta-do-girassol;
· lagarta-enroladeira.
Também faz o controle da broca, do bicho-mineiro no café e da traça-das-crucíferas. Além do Plethora®, o produtor encontra mais uma solução para o cenário de lagartas: o Voraz®, que faz o controle de espécies resistentes, como a Spodoptera, e pode ser aplicado em diversas culturas.
Assim como o anterior, tem um efeito de choque e residual prolongado, fazendo o controle de insetos como:
· lagarta-militar;
· lagarta-helicoverpa;
· lagarta-falsa-medideira;
· lagarta-das-folhas;
· lagarta-do-trigo;
· lagarta-da-soja;
· lagarta-das-maçãs.
Também é eficaz contra espécies como a traça-da-batata, o bicho-mineiro-do-cafeeiro e a vaquinha-verde-amarela.
Embora o cenário de lagartas seja preocupante, o produtor pode contar com as tecnologias da agricultura e os defensivos com formulações modernas para fazer um manejo correto dessas pragas. Esses avanços permitem mais praticidade, segurança e eficácia para manter a proteção das plantas e garantir a boa produtividade.
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