Caruru: entenda a importância do uso de herbicidas pré-emergentes no manejo
O caruru é uma planta daninha que compete com a cultura da soja de maneira bastante agressiva. Com o uso de cultivares de soja resistentes ao glifosato, houve uma pressão de seleção das espécies dessa invasora, gerando dificuldade no controle.
Para que isso seja solucionado, outras formas de manejo devem ser utilizadas para reduzir as populações de caruru nas áreas de soja e evitar que se tenha perdas na produtividade.
Utilizar herbicidas pré-emergentes para o controle do caruru garante que o banco de sementes da invasora não se desenvolva, inibindo o processo germinativo. Vamos entender um pouco sobre o caruru e por que utilizar herbicidas pré-emergentes.
Características do caruru
Caruru é o nome popular dado às espécies do gênero Amaranthus da família Amaranthaceae. São cerca de dez espécies amplamente distribuídas por todo o território brasileiro, com características de rusticidade e agressividade, sendo consideradas invasoras em diversas culturas.
Algumas espécies são utilizadas na alimentação humana e animal em diversos países, porém, no Brasil são consideradas hortaliças não-convencionais.
As principais espécies invasoras em culturas de interesse econômico, como é o caso da soja, são Amaranthus palmeri e Amaranthus hybridus (com duas variedades diferentes).
Esta última pode ser encontrada em todas as regiões do Brasil e é mais comumente relatada provocando perdas em produtividade devido à sua agressividade.
Amaranthus hybridus
Como esta é a espécie mais distribuída pelo território nacional, é importante entender suas principais características.
Também conhecida como caruru-roxo, originária da América Tropical, é uma planta de porte herbáceo, de estrutura ereta, pigmentação mais avermelhada e com altura podendo variar de 20 cm à 2 m.
Uma das suas vantagens para dispersão é que se reproduz por meio de sementes, as quais são produzidas em grandes quantidades por uma única planta. As sementes têm formato circular, com coloração variando de castanho à vermelho, sem pelos na superfície e são bastante pequenas, medindo de 0,7 à 11,0 mm de diâmetro.
As folhas têm um formato ovalado, com nervuras aparentes, coloração avermelhada e são dispostas alternadamente. O caule é cilíndrico, liso, sem pelos e cores variando do verde ao vermelho. Uma única planta pode produzir, em média, de 200 a 300 mil sementes em seu ciclo. Outras espécies podem produzir ainda mais, chegando a 600 mil sementes.
Caruru na soja
Como o caruru é uma planta daninha que tem alta produção de sementes e rápida dispersão, tornou-se uma invasora bastante temida pelos sojicultores. Há relatos de perdas de produtividade de mais de 70% na cultura provocadas pela presença do caruru.
De maneira geral, as plantas daninhas que ficam na área de cultivo empobrecem o ambiente que a cultura de interesse teria para se desenvolver, resultando em quantidades menores de nutrientes, menor luminosidade e menor acesso hídrico.
Quando uma espécie consegue se reproduzir via sementes em larga escala, significa que ela também consegue garantir sua sobrevivência mesmo quando há pressão de seleção.
Por ter uma população maior e grande variabilidade genética, as plantas com genes favoráveis ao ambiente permanecem e se tornam resistentes ao estímulo ali provocado.
E é isso que tem acontecido com as principais espécies de caruru com o maior cultivo de soja transgênica e o aumento do uso de glifosato. No Brasil, o caso de resistência mais recente relatado é a do A. hybridus aos herbicidas inibidores da ALS e EPSPs, ou seja, ao clorimuron e ao glifosato.
Controle do caruru
Nos últimos anos, o caruru tem sido um grande problema aos sojicultores de todo o Brasil. Essa dificuldade se dá principalmente pela sua resistência à diversos herbicidas comumente utilizados na cultura.
Para solucionar essa questão, muitos pesquisadores têm indicado que os produtores façam o Manejo Integrado de Plantas Daninhas (MIPD) com diversas estratégias para reduzir as populações desta praga e garantir melhor controle.
Uma das maneiras de fazer o MIPD é com o uso de herbicidas pré-emergentes para conseguir atingir aquela que é a grande vantagem da daninha: a semente. Essa estratégia permite fazer uma rotação dos modos de ação, reduzindo as chances de haver pressão de seleção e consequente resistência.
O uso dos herbicidas pré-emergentes é essencial para garantir uma atuação nos bancos de sementes do caruru presentes na área. Esses produtos irão inibir a germinação das sementes com a morte durante o processo germinativo.
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